VOCACIONAL DO NOSSO MOSTEIRO

Se você deseja encontrar-se, está pensando... Aqui temos alguns pontos para refletir numa decisão vocacional...
1 – Descobrir a vida como Dom de Deus e desejar fazer dela uma oferta de amor a serviço de Deus e do próximo na Igreja;
2 – Reconhecer o valor e a necessidade do estudo e do trabalho como pontos de partida;
3 – Estar integrado e participar, assumindo o seu compromisso na Comunidade Cristã;
4 – Estar atento aos sinais dos tempos e aos apelos dos necessitados, discernindo nisso a vontade de Deus e fazendo dela a sua missão;
5 – Identificar o seu potencial humano e desejar aperfeiçoá-lo para colocar-se a serviço dos irmãos;
6 – Conhecer os diferentes modos de evangelizar e descobrir aquele no qual mais me identifico;
7 – “Uma coisa ainda te falta: vai, vende tudo o que tens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu...
Depois, vem e segue-me...” (Mt 19, 16-22)

Se queres continuar, uma inquietude nos impele... Ouçamos o que o Senhor nos diz...
“Põe-te de pé! Quero falar contigo”! (Ez 2, 1ss)
“Segui-me e eu vos farei pescadores de homens”. (Mc 1, 16-20)
“Avancem para as águas mais profundas...” (Lc 5, 1-11)
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim”. (Jo 14,6)
“... As raposas têm suas tocas e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça ... 
Quem põe a mão no arado e olha para trás, não é apto para o Reino de Deus”. (Lc 9, 57ss)
“Aquele que ama pai ou mãe mais do que a mim, não é digno de mim. ... Aquele que não toma a sua cruz e me segue não é digno de mim”. (Mt 10,37ss)
“Se alguém quer servir-me, siga-me...”. (Jo 12,20ss)

Deus procura o homem e por isso o homem pode procurar a Deus...
“Não tenhais medo, , pois valeis mais que muitos pardais...”. (Lc 12, 1ss) 
“E procurando o Senhor o seu operário na multidão do povo”. (RB, P´rol. 14)
“Sejam lhe dadas a conhecer, previamente, todas as coisas duras e ásperas pelas quais se vai a Deus”. (RB 58,8)
“Que haja solicitude em ver se procura verdadeiramente a Deus, se é solicito para com o ofício divino, a obediência e os opróbrios”. (RB, 58,7)
“Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas...”. (Mt 6,25ss)
“O Reino de Deus não consiste em comida e bebida, mas é justiça, paz e alegria no Espírito Santo ”
(Rm 14,17)
“Na solidão e no silêncio, mediante a escuta da Palavra de Deus, a realização do culto divino, a ascese pessoal, a oração, a mortificação e a comunhão do amor fraterno, orientam toda sua vida e atividade para a contemplação de Deus. Oferecem assim à comunidade eclesial um testemunho singular do amor da Igreja pelo seu Senhor, e contribuem, com sua misteriosa fecundidade apostólica, para o crescimento do povo de Deus”. (Perfectae Caritatis, 7)

ETAPAS DE FORMAÇÃO MONÁSTICA

Postulantado

É o período dos primeiros passos na formação monástica. A jovem recebe orientações gerais dos costumes da casa; toma conhecimento da regra de São Bento, da Tradição Cisterciense, das boas maneiras monásticas, vai aprendendo os valores fundamentais da vida comunitária e fraterna, sob a direção da mestra, designada pela Abadessa. A mestra também ministra as aulas de formação. Basicamente é um tempo de conhecimento mútuo da comunidade e da postulante, pois este é o período que vai se conhecendo o caráter da jovem que deseja ser admitida e principalmente se a mesma busca verdadeiramente a Deus. O tempo de postulantado em nosso mosteiro dura um ano.

Noviciado Canônico

Após o ano do postulantado, sendo aprovada, ela ingressa no noviciado com a vestição monástica (tomada de hábito). Recebe as vestes brancas e um nome novo, designando o homem novo, revestido da imagem de Cristo. Participa de conferências programadas de acordo com o programa de Formação da Congregação. É um tempo para maiores reflexões, sobretudo da vida espiritual. A noviça deve está aberta a compartilhar suas experiências a fim de ser melhor formada, de ser ajudada em tudo que parecer mais difícil, para no fim ter uma clareza maior a respeito da vocação. Com isto ela deverá ir descobrindo e vivenciando de maneira especial a grande beleza do amor de Deus, manifestado na vivencia cotidiana e a Ele deseje se consagrar inteiramente.

Profissão Simples

Superado as sensibilidades maiores, próprias do estágio inicial, a noviça deverá encontrar-se mais preparada para assumir a sua consagração monástica, através dos votos simples, que são feitos por um período de três anos: Estabilidade na comunidade, conversão dos costumes e obediência ao superior (a) que faz as vezes de Cristo, segundo a Regra de São Bento. Também passará por uma avaliação da comunidade (votação capitular). Tempo forte e decisivo. Período que a professa deverá ir adquirindo uma maturidade maior, o que lhe propiciará assumir após a Profissão Solene.

Profissão Solene

Concluído os três anos a irmã pede para ser aceita pela comunidade, através de uma carta, (como nas outras etapas anteriores). Sendo acolhida, acontece solenemente na igreja do mosteiro, diante de todos familiares, amigos, a profissão solene e sua consagração monacal.
“... A partir daquele dia não lhe é lícito sair do mosteiro nem retirar o pescoço do jugo da regra, a qual lhe for permitida recusar ou aceitar por tão demorada deliberação”
( cf. RB, 58; 15-16)

Veni Sponsa Christ

+ Ut in Omnibus Glorificetur Deus +

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