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A ESPIRITUALIDADE CISTERCIENSE |
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Dentro de um quadro de austeridades que compreendem não só o afastamento do mundo (porém não um desinteresse pelo mundo em suas carências e aflições), mas também o despojamento da pobreza e da simplicidade, um regime alimentar sóbrio e a fecunda monotonia do trabalho manual, unidas a um intenso ritmo de oração (comunitária – o ofício divino recitado em coro – e individual) e a Léctio Divina (leitura meditada que leva à oração, sobretudo usando a Sagrada Escritura), o monge deveria encontrar a Deus.
De
fato, os cistercienses encontravam-se com Deus em Cristo e seus escritos falam
abundantemente deste encontro de amor. O claustro é, então, nesta perspectiva,
um paraíso, porque é o lugar em que o homem reencontra sua harmonia, perdida
pelo pecado e o afastamento de Deus. No claustro, o homem está a sós com Deus e
pode viver a perfeição da caridade,
Ainda hoje os mosteiros cistercienses desejam viver e transmitir essa herança, apresentando-se como centros de irradiação no ambiente em que estão implantados. Ao longo do tempo, os monges assumiram encargos diversos na Igreja. Assim, nem todos os mosteiros da Ordem exercem o mesmo tipo de atividades. Há os que se dedicam a certas obras de apostolado externo, como a pastoral paroquial e a educação da juventude, outros acolhem grupos para retiros espirituais ou entregam-se exclusivamente à vida contemplativa, fazendo desta sua principal forma de expressão da caridade cristã. Seja como for, os mosteiros cistercienses querem dar testemunho de uma existência sobrenatural, em que Deus é buscado em primeiro lugar e tudo se ordena em função desta busca. Mediante sua intercessão e sua irradiação, os monges querem levar todos os homens a participar de sua vocação. |
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